Muitos acham que a prática de esportes e atividades físicas são a mesma coisa, mas há diferença entre essas terminologias.
De acordo com o dicionário online Priberam, esporte é a “prática regular de uma atividade que requer exercício corporal e que obedece a determinadas regras, para lazer, para desenvolvimento físico ou para demonstrar agilidade, destreza ou força”. Logo, todo esporte requer que o indivíduo se exercite, mas fazer atividade física não necessariamente inclui esportes. Sentar, levantar, caminhar, são alguns exemplos.
Tanto um quanto outro são importantes na vida de qualquer pessoa, entretanto, a inclusão de esportes na rotina infantil traz uma série de benefícios imediatos, a médio e longo prazo em várias áreas:
Físico
Ajuda na construção de músculos e ossos mais fortes, eleva a resistência, aumenta a imunidade, reduz o risco de adquirir algumas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares entre outras relacionadas à obesidade. Além de contribuir para o enfrentamento das alterações fisiológicas ocasionadas pelas mudanças hormonais na fase da adolescência.
Social
Atividades em grupo proporcionam momentos de interação entre as crianças e adolescentes, melhoram as relações sociais, pois aprendem a conviver com as diferenças, lidar melhor com as frustrações, expressar as suas opiniões e trabalhar a empatia.
Cognitivo
Contribui na melhoria do foco, concentração e memória, além de prevenir e ajudar a combater a depressão e a ansiedade, amplia a capacidade de raciocínio. Isto impacta diretamente na melhoria do desempenho escolar e na vida social.
Estimula a criação de novos hábitos saudáveis
A prática regular de esportes ajuda a criar hábitos saudáveis desde a infância, aumentando a probabilidade de sua manutenção na fase adulta. Ajuda, também, a diminuir o tempo ocioso, momentos em que alguns adolescentes buscam outras atividades de entretenimento, como permanecer em frente ao computador e celular.
O papel da escola e da família
As famílias possuem um papel fundamental neste contexto, pois é a partir dela que as crianças e adolescentes são apresentadas às modalidades e à frequência das práticas, não dando espaço para o sedentarismo.
“Nessa fase da vida, os pais são os principais responsáveis pelos estímulos. Incentivar seus filhos a praticarem a modalidade que mais gostam é o caminho certo. Uma simples brincadeira recreativa com amigos e familiares faz toda a diferença”, disse Moriza Cordeiro Felippe, professora de educação física do CPR.
A educadora física complementa, quando “a prática de esportes está associada a uma alimentação saudável, melhora a qualidade de vida, o desenvolvimento físico e o equilíbrio emocional, além de ajudar na integração e socialização”.
Na escola também não é diferente, as práticas esportivas a partir da primeira infância trabalham o desenvolvimento motor, cognitivo e social desde os bebês.
“Os esportes são muito importantes em todas as fases motoras das crianças, desde o berçário, no engatinhar e nos primeiros movimentos, até nos anos finais e ensino médio. Elas precisam se mexer, pois é por meio do movimento que construímos o que desejamos e checamos qual é o esporte que melhor se adapta a elas”, disse o professor de Educação Física do CPR, Vanderlan Miranda da Silva.
Nesse processo também é fundamental respeitar o perfil da criança e do adolescente, suas preferências e os limites de cada uma delas. Nas aulas de educação física do CPR, por exemplo, “trabalhamos de forma diferenciada, olhando as fases de desenvolvimento motor das crianças, sobretudo as suas limitações e, se necessário, fazemos as adaptações direcionadas para cada indivíduo ou turma”, conclui Vanderlan.
Agora que você sabe o quanto é importante seus filhos praticarem esportes, que tal o restante da família também aderir à ideia? Descubra a sua modalidade preferida e comece o “jogo”.