No mês da conscientização mundial sobre o autismo e contra o preconceito, é importante que cada vez mais informações sobre o assunto circule, afinal segundo os dados da Organização Pan-Americana da Saúde, o Brasil tem pelo menos 2 milhões de crianças com a síndrome do Transtorno do Espectro Autista.
Em geral, os sinais de que a criança possui algum tipo de traço autista começam a ser notados até os 18 meses de idade, quando os pais ou cuidadores percebem dificuldades na criação de interações sociais, assim como comunicação verbal e não verbal. Segundo especialistas, uma criança com autismo pode apresentar sintomas como sensibilidade excessiva em sentidos como visão, audição, tato, olfato e paladar, alterações emocionais quando a rotina é quebrada, movimentos repetitivos e apego a objetos.
Mas, como as crianças não são iguais é importante também entender que a síndrome pode se apresentar de maneira mais leve ou acentuada dependendo de cada caso. O Espectro Autista pode ser dividido em três tipos:
• Síndrome de Asperger
Durante anos, essa síndrome foi considerada algo não relacionada ao autismo, porém ao ser incorporada ao grupo de condições que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista, passou a ser considerada uma forma mais branda da doença.
• Autismo clássico
Nesses casos, as crianças não possuem problemas de fala, mas não conseguem manter uma comunicação clara e objetiva. Podem apresentar dificuldades de compreensão e costumam ser bastante voltados para si mesmos, sem ligação com o ambiente ao redor. Não olham nos olhos durante conversas.
• Autismo grave
As crianças que possuem esse tipo mais grave de autismo costumam ter comportamentos como a repetição de movimentos, falta de interação, insensibilidade à comunicação, isolamento e em geral, alguma deficiência mental mais expressiva.
As causas que levam ao autismo ainda são desconhecidas, mas muitas pesquisas têm avançado neste sentido e prometem ajudar quem possui a síndrome. Após o diagnóstico, terapias de ocupação, linguagem e comunicação podem contribuir para amenizar a presença do transtorno.
É importante que a rede de apoio da criança esteja sempre atenta aos sinais e busque acompanhamento médico especializado. Algumas literaturas podem ajudar como os livros:
• “Autismo e inclusão – psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família”;
• “Autismo na Escola – um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar”;
• “Práticas pedagógicas para a inclusão e diversidade e Afeto e aprendizagem – relação de amorosidade e saber na prática”, todos de Eugênio Cunha, professor, doutor em educação e especialista em autismo.
Desta forma o Colégio Pedro e Rafael, compreende a importância desse esclarecimento, também como forma de inclusão, pois parafraseando o autor Antoine de Saint Exupéry, é apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos.